16/07/2014
A Razão
A Razão do Rio Grande | Pág. 12
Clipado em 17/07/2014 15:07:47
Resíduos sólidos começarão a ser trazidos para Santa Maria
Aterro sanitário do município não está mais em condições de operar, conforme legislação ambiental

E o lixo produzido na cidade de Santiago vai mesmo ser levado para um aterro em Santa Maria. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Tadeu Machado, a previsão é de que isso já ocorra a partir do dia 2 de agosto. A data não vai ser mais prorrogada.

O aterro sanitário existente em Santiago não atende mais às exigências ambientais e dificilmente receberia licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para operar, além dos custos altos para implementação das novas normas, como revestimento a base de geomembrana (desenvolvida para aplicações em obras de Proteção Ambiental e Impermeabilizações). Tadeu Machado lembra que apenas Santiago, dos municípios da região, ainda mantém seu aterro sanitário: os demais já estão transportando os resíduos para Santa Maria. Chegou-se a discutir a ideia de um aterro regional no Vale do Jaguari, com sede em Santiago, porém o principal problema está relacionado à licença ambiental devido à situação de solo e
mata atlântica existente, além da presença de várias nascentes de rios. Por estas e outras razões o município decidiu pelo translado dos resíduos pela própria empresa Ansus, responsável atualmente pelo recolhimento do lixo da cidade.

O transporte será em dias intercalados da semana. Ou seja. um dia sim e outro não. A pretensão é de que enquanto uma carreta transporta, outra fica estacionada na usina carregando, e assim sucessivamente. Nos próximos dias serão instalados 50 conteineres em ruas do centro da cidade. Nos locais mapeados as lixeiras de calçadas e de grades serão desativadas, pois os moradores terão que levar o lixo até o container mais próximo de sua quadra. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente também está incentivando a separação do lixo em casa Mesmo sendo recolhido por um único caminhão, isso facilita o trabalho de triagem que continuará sendo feito na usina, independente da desativação do aterro sanitário.

Também está sendo incentivada a criação de composteiras para aproveitamento do lixo orgânico, com isso diminuindo o peso transportado. O sistema de recolhimento e transporte do lixo custará mais de RS 2 milhões aos cofres do município. Oitenta por cento do lixo produzido no Brasil provém de 250 grandes cidades e os demais 20% de outros 5.373 municípios.