A Coronavac, vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, é segura e oferece resposta imune dentro de 28 dias em 97% dos casos. O resultado foi apontado em estudo publicado na terça-feira pela revista científica britânica Lancet. Os estudos da Coronavac envolvem 13 mil voluntários no Brasil. Em Porto Alegre, a vacina está sendo testada no Hospital São Lucas da Pucrs por mais de 900 profissionais ligados à área de saúde. A pesquisa chegou a ser suspensa no dia 9 de novembro após a morte de um voluntário.

Dois dias depois, a Polícia Civil de São Paulo confirmou que a morte do voluntário ocorreu por suicídio, nada tendo a ver com o estudo. Dessa forma, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a retomada de estudos de desenvolvimento da Coronavac no dia 11. Caso seja comprovada a segurança e a eficácia do imunizante, o Butantã pedirá à Anvisa o registro da vacina - condição fundamental para eventual compra por parte do governo federal, como frequentemente diz o presidente Jair Bolsonaro.

O líder do Planalto e o governador do Estado, João Doria (PSDB), vivem uma guerra de braço política em torno da vacinação contra o novo coronavírus. De acordo com o Butantã, as primeiras doses devem chegar em São Paulo ainda nesta semana.