05 de Dezembro de 2017
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Aves costeiras e marinhas são alvos de pesquisa

Os pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de insituições parceiras querem entender o padrão de ocorrência das espécies de aves costeiras e marinhas no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ilha dos Lobos, localizado em Florianópolis, Santa Catarina. Para isso, estão desenvolendo um projeto de pesquisa inédito que envolve o registro fotográfico das espécies que ocorrem na ilha e o anilhamento das aves da região. Até o momento, 24 espécies de aves já foram registradas no Revis da Ilha dos Lobos, incluindo algumas ameaçadas de extinção, como o trinta-réis-real (Thalasseus maximus) e o trinta-réis-de-bando (T. acuflavidus). "O monitoramento das aves anilhadas por meio de fotografias é uma importante ferramenta para entender melhor como os animais utilizam a região", explica o professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) Paulo Ott. Como parte do projeto de anilhamento das aves, no início de novembro, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do ICMBio, coordenaram a primeira expedição na região de Torres, no litoral gaúcho. A expedição também contou com a presença de alunos da UERGS e do bolsista GEF-Mar do Revis Ilha dos Lobos Martin Sucunza Perez. A espécie foco foi o piru-piru (Haematopus palliatus), ave costeira que também utiliza a Ilha dos Lobos. "Conseguimos capturar um indivíduo juvenil e quatro adultos que receberam, além das anilhas metálicas com códigos de letras e números, anilhas plásticas coloridas" relata Martin. "As anilhas com cores distintas permitem reconhecer cada indivíduo mesmo a distância, sem a necessidade de capturá-los a cada momento", complementa Guilherme Tavares Nunes, do Cemave. De acordo com a chefe do Revis da Ilha dos Lobos, Aline Kellermann, essas informações sobre o padrão de ocorrência e deslocamentos dos animais serão de fato de grande importância para entender como essas aves utilizam a ilha e também fortalecer o futuro plano de manejo da unidade de conservação. Outro aspecto importante destacado pelos pesquisadores é que com a utilização das anilhas coloridas, todas as pessoas que fotografarem alguma das aves anilhadas poderam contribuir para o projeto enviando suas fotos por e-mail para o ICMBio: revisilhadoslobos@icmbio.gov.br O projeto é desenvolvido em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), e o Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), com o apoio do Programa de Bolsa a Iniciação à Pesquisa (PROBIP) da UERGS e do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar) do ICMBio.