05 de Dezembro de 2017
  • Folha do Sul
  • Geral
  • P. 6
  • 54.00 cm/col

Bagé sedia oficina de diagnóstico do Zoneamento Ecológico-Econômico

O campus da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Bagé, sediou, ontem, oficina regional de diagnóstico sobre Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Rio Grande do Sul. A etapa foi a sétima de 10 que estão programadas e serviu para que fossem apresentados e discutidos os resultados dessa ação, com as indicações das atividades desenvolvidas na região e o mapeamento dos meios natural, socioeconômico e jurídico-institucional.

O coordenador da ZEE, Nélson Neto de Freitas, explica que, na primeira etapa foram realizadas 17 oficinas no Estado, todas elas de pré-diagnóstico, sendo a que tratou da região da Campanha, promovida no município de Sant’Ana do Livramento.

Freitas analisa que a iniciativa visa propor uma visão de futuro, construída a partir da discussão com a sociedade para realizar estratégias regionalizadas com o objetivo de consolidar um desenvolvimento econômico que atenda a aspectos ambientais.

Dessa forma, essa iniciativa possibilitará que a população gaúcha e os empreendedores possam conhecer, previamente, peculiaridades, vulnerabilidades e as potencialidades de cada região.

“A construção do ZEE formará a maior compilação de dados georreferenciados do Estado, possibilitando, dessa forma, uma ferramenta de suporte ao planejamento e ordenamento territorial, com a qual os governantes, a sociedade e os empreendedores terão como saber as particularidades de cada local ou região, buscando o crescimento econômico a partir de um desenvolvimento sustentável”, afirma Freitas.

O coordenador reitera, ainda, que o zoneamento não substituirá atos administrativos como licenças ambientais e outorgas, mas, sim, resultará em uma base de informações que qualificará todas essas ações e decisões por parte de órgãos como a Fepam, por exemplo. Dentre os resultados esperados, após a conclusão do ZEE como instrumento de gestão territorial, estão metas como reduzir conflitos de uso, subsidiando o planejamento de políticas públicas; diagnosticar gargalos que impeçam o desenvolvimento econômico; garantir o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida. A perspectiva é que, em abril do próximo ano, seja realizada, na região, uma nova reunião. Freitas destaca que a atual fase é de diagnóstico e, para a conclusão do ZEE, ainda restam as oficinas participativas de pré-prognóstico e prognóstico.