22 de Junho de 2019
  • Correio do Povo
  • Rogério Mendelski
  • P. 6
  • 30.00 cm/col

Quem tem medo do nosso carvão?

Aresposta é simples. O medo provém do terrorismo ambiental, hoje sustentado por dois motivos: o primeiro é o discurso sobre a poluição do meio ambiente e a destruição da camada de ozônio, e o segundo, a desinformação sobre a tecnologia atual que controla exatamente o pânico difundido no primeiro item. Bastou o governo gaúcho, através de seus governadores Tarso Genro (PT), José Ivo Sartori (MBD) e Eduardo Leite (PSDB), voltar a se interessar por essa fabulosa riqueza subterrânea do RS que, imediatamente, as reconhecidas milícias ambientalistas entraram em ação para boicotar a retomada da mineração de nosso carvão. Isso ocorreu mesmo que a tecnologia antipoluição seja a principal preocupação dos novos investidores interessados na mineração carbonífera gaúcha.

O projeto sobre o Polo Carboquímico-RS está cercado de todos os mecanismos de proteção ambiental – os mais modernos existentes no planeta – por uma razão lógica: todos os investimentos neste segmento econômico estão sob rigoroso controle internacional e quem o desrespeita sofre sanções que podem inviabilizar o êxito do empreendimento. É preciso que se afaste o preconceito do ambientalismo xiita que nos coloca como se estivéssemos numa republiqueta africana, onde as riquezas naturais são exploradas com mão de obra escrava, sob controle de algum ditador de plantão, alimentado pela corrupção que sempre dominou o sistema extrativista africano. A implantação do Polo Carboquímico só se torna incompreensível para quem, além do discurso ambientalista, também agrega argumentos que descambam para conteúdos ideológicos e partidários. Explico. Os conteúdos ideológicos antipolo fazem parte de uma cartilha internacionalista que após a queda do Muro de Berlim foi adotada pela “neoesquerda” para enfrentar o “neoliberalismo”. Algo como a luta de classes do novo século que no Brasil encontrou aliados com a turma do quanto pior melhor, esta agasalhada nos partidos de extrema-esquerda especialmente depois da derrota eleitoral do ano passado. Mais uma vez, os interesses nacionais identificados como politicas de Estado, são maldosamente desviados como se fossem políticas de qualquer governo que não seja de esquerda.

O Rio Grande do Sul, particularmente, vem sofrendo com esse desvio político-ideológico, esse grenalismo atrasado que insiste em conviver entre nós como se ainda estivéssemos nos séculos passados quando quem não fosse Maragato era Pica-pau. Talvez uma campanha de esclarecimento dirigida ao povo gaúcho – o principal beneficiário do Polo Carboquímico – sirva para provar que um empreendimento dessa envergadura, explorando o carvão abaixo de nosso solo, jamais será um problema , mas uma solução com clarinadas de despertar de um novo ciclo para nossa economia. A pajelança ideológica não pode vencer a tecnologia do século 21.