13 de Setembro de 2017
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Crescimento de 2,1% do PIB gaúcho supera o desempenho nacional no primeiro semestre

Pesquisadores da FEE também apresentaram o desempenho do segundo trimestre e lançaram aplicativo para visualização dos dados de modo ágil e acessível

A soma das riquezas produzidas pela economia gaúcha no acumulado de 2017 alcançou 2,1% de crescimento, enquanto o Brasil teve resultado nulo. O resultado do PIB do RS nos seis primeiros meses do ano, apresentado nesta quarta-feira (13) na FEE, foi fortemente influenciado pelo desempenho total da agropecuária, que cresceu 11,7%, com desempenho destacado da soja (+ 15,7%). Na indústria, o destaque foi para a Indústria de transformação (+1,9 %), especialmente a indústria do fumo (+40,2%). Nos serviços , o melhor resultado foi do comércio (+1,3%), com a recuperação da comercialização de veículos (+15,7%).

A equipe de pesquisadores do Núcleo de Contas Regionais da FEE (NCR) também apresentou os dados do segundo trimestre deste ano. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o crescimento do PIB foi de 2,5% e em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi de 0,7%.

A revisão dos dados da agricultura para o primeiro trimestre de 2017 mostrou que o resultado do PIB nesse período não foi nulo, conforme anunciado em junho, mas alcançou uma taxa de crescimento de 1,5%.A atualização e os ajustes das estimativas e dados prévios são usuais. Neste caso, o que chama a atenção foi a superação das expectativas com relação ao setor agrícola, embora se estimassem bons resultados. "Já se esperava um belo resultado da agricultura devido às condições climáticas e aos investimentos realizados pelo setor. Já a indústria de transformação mostrava desde o final de 2016 que o fundo do poço já havia sido superado. Neste quadro o bom resultado do comércio no segundo trimestre é que é novidade", analisa Roberto Rocha, coordenador do NCR. De acordo com o economista, dentre os fatores que condicionaram o bom desempenho do comércio podem se elencar a queda da inflação, a estabilização da taxa de desemprego, a liberação dos saldos do FGTS e a renda agrícola.

Embora os resultados sejam mais animadores, Roberto Rocha é cauteloso. "O desempenho bastante negativo da construção civil no semestre (-5,8%) e a falta de crescimento dos outros serviços ao longo de 2017 (0,0% ) apontam a necessidade de cautela na intensidade do crescimento", alerta. Os dados completos do PIB trimestral estão disponíveis com uma nova opção de acesso. A atualização e apresentação das informações ganharam uma inovação, o PIBVis, ferramenta que facilita o acesso e a leitura dos dados, novo aplicativo do visualiza FEE.

Nas informações do PIB Trimestral, calculado e divulgado pela FEE, são apresentadas as taxas de crescimento (volume) do Produto Interno Bruto a preços de mercado, dos impostos sobre produtos, do valor adicionado total a preços básicos e dos valores adicionados de 11 atividades. Ao final dos quatro trimestres do ano, é apresentado o valor corrente do PIB, dos impostos, do valor adicionado total e do PIB per capita. O estatístico da FEE Renan Xavier Cortes mostrou como todas essas informações podem ser acessadas de modo interativo e dinâmico, com diversos cruzamentos de dados. "Utilizamos uma ferramenta de código aberto sem qualquer custo e desse modo disponibilizamos para a sociedade um acesso livre, gratuito, simples e ágil", explica Renan.

O chefe da unidade estadual do IBGE no Rio Grande do Sul, José Renato Braga de Almeida, presente no lançamento, destacou a importância da parceria com a FEE e a inovação e o ineditismo no país da ferramenta desenvolvida pela Fundação, o PIBVis. "Em termos de unidades estaduais, a FEE sempre foi um dos principais parceiros do IBGE pelo trabalho que vem desenvolvendo, e para nós que somos coordenadores das estatísticas oficiais é fundamental ter um parceiro com tanta representatividade. Essa inovação do PIBVis é para nós, fornecedores de informações para sociedade, muito importante porque facilita o acesso. Uma ferramenta que se mostra fundamental para que a sociedade, os pesquisadores e a imprensa entendam os números, que são confiáveis porque são de uma fonte com muita qualidade. Eu não tenho conhecimento de outros estados de um trabalho com essa qualidade", destacou.

Texto: Sandra Bitencourt/ Ascom FEE
Edição: Léa Aragón/ Secom

FONTE: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL