12/09/2020 Studio FM | studio.fm.br Geral Sistema para monitoramento de abelhas foi apresentado em reunião na câmara da apicultura da Seapdr O Sistema de Informação e Monitoramento de Abelhas do RS (SIM-Abelhas) foi apresentado na reunião virtual da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Apicultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). A professora da PUCRS Betina Blochtein e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Aroni Sattler falaram sobre a importância de pensar na conservação da biodiversidade como um todo no Rio Grande do Sul. A condução do evento, realizado na quinta-feira (10/9), foi do coordenador da Câmara, Aldo dos Santos. Betina mostrou o projeto feito em conjunto com diversas entidades. A previsão é que seja executado em até cinco anos. De acordo com a bióloga, o monitoramento será feito em quatro polos do Rio Grande do Sul: Depressão Central (Eldorado do Sul, Estrela e São Gabriel), Noroeste (Ijuí e Cerro Largo), Nordeste (Vacaria, Cambará do Sul e São Francisco de Paula) e Sul (Pelotas). A pesquisadora acrescentou que algumas colmeias serão monitoradas em tempo real. "E amostras de material serão coletadas várias vezes ao longo do ano, a fim de controlar resíduos de agrotóxicos e também a presença de parasitas ou doenças nas abelhas". O agrônomo Sattler abordou a apicultura migratória e ressaltou a importância de fazer o monitoramento das abelhas no Estado. Conforme o pesquisador, há quatro pontos estratégicos para o monitoramento: Vacaria, Colorado, Cambará do Sul e Eldorado do Sul. "Em Cambará do Sul, por exemplo, há uma área com reservas ambientais e um bioma especial. E em Colorado, nas culturas de inverno, o uso de defensivos agrícolas dentro dos pomares é ruim para a polinização". O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre do Ministério Público Alexandre Saltz afirmou ser importante buscar soluções de gestão para o uso equilibrado de defensivos agrícolas, entre os quais o fipronil, que não é cadastrado no Rio Grande do Sul. "Sugiro a criação de um grupo de trabalho para debater o assunto". Segundo Saltz, o projeto SIM-Abelhas é uma alternativa para superar os problemas da má aplicação dos agrotóxicos. "O trabalho trará informações claras para que a fiscalização atue imediatamente. Se temos que conviver com o uso de herbicidas, então precisamos estabelecer regras mínimas e ter políticas públicas para nos auxiliar". Outro ponto discutido durante o encontro foi a avaliação da safra de mel 2020 e impactos da Covid-19 no consumo. O presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Sul (Fargs), Anselmo Kuhn, comemorou a alta nos produtos como mel e própolis durante a pandemia de coronavírus. "Os preços dos produtos aumentaram devido à grande procura. Nossas expectativas para o setor são as melhores possíveis", afirmou. De acordo com a presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel), Andresa Berretta, em 2020, o Brasil exportou 25.581 toneladas de mel, sendo 78% para os Estados Unidos. "No total, tivemos US$ 58 milhões gerados com a exportação do produto. Só para os Estados Unidos, foram US$ 38 milhões", informou. Andresa disse que, depois do mercado americano, as maiores exportações são para a Alemanha e Austrália. Ainda na reunião foi apresentado o Plano de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Apicultura e da Meliponicultura do Estado de São Paulo pelo presidente da Câmara Setorial de Apicultura do estado, Carlos Pamplona Rehder. "É um plano que avalia a saúde das abelhas. Se há doenças e se as colmeias têm algum tipo de contaminação. A equipe também faz coleta da mortandade dos animais". Segundo Rehder, hoje são 129 mil colmeias registradas no estado de São Paulo. Quer receber as notícias da Studio no seu WhatsApp? Então clique aqui. //EDIT: loop="true" and autoplay="autoplay" are deprecated A Rádio Studio não se responsabiliza pelo uso indevido dos comentários para quaisquer que sejam os fins, feito por qualquer usuário, sendo de inteira responsabilidade desse as eventuais lesões a direito próprio ou de terceiros, causadas ou não por este uso inadequado.