09/09/2012

Correio do Povo

Cidades | Pág. 14

A área de uma antiga fábrica de bebidas, em Montenegro, sem uso desde 2005, será utilizada para a instalação de uma estação de tratamento de efluentes. Com sede em Porto Alegre, a empresa responsável pela instalação da unidade investirá R$ 12 milhões no local. Conforme o gerente de operações ambientais da empresa, Gilvani Dall Oglio, a filial fará serviços no setor de desobstruções, asseio, manutenção e transportes de resíduos. Ainda segundo ele, as instalações da antiga fábrica favoreceram a escolha do local, onde será implantada uma estação de tratamento de efluentes industriais, além de adequar a estação de efluentes orgânicos, que já existe no espaço.

No entanto, mesmo já tendo adquirido o terreno, para que o serviço tenha início a empresa precisa de licenciamento da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). "Todos os resíduos serão tratados dentro dos padrões da Fepam", salienta. Após ser protocolado, a licença deve ficar pronta em quatro meses. Só então começam as obras de adequação do prédio. No segundo semestre de 2013, a estação deve estar pronta para operar. A previsão é gerar cem empregos na cidade, em funções como técnico em saneamento ambiental, em operações de tratamento e em segurança de trabalho, além de laboratorista, motorista, eletricista e almoxarife. Tendo em vista que há funções que demandam conhecimento específico, Dall Oglio salienta que será importante o apoio das escolas técnicas do Vale do Caí para formação da mão de obra.

Porém, a notícia da instalação do empreendimento deixou moradores das proximidades apreensivos, com medo de contaminação da água do rio Caí e da possibilidade de mau cheiro durante os procedimentos. Para esclarecer as dúvidas, a prefeitura realizou audiência pública na Câmara de Vereadores. O engenheiro químico da empresa, Cláudio Franch, garantiu que a função da empresa é reduzir danos ambientais, tratando de maneira correta os efluentes. "Nosso trabalho não irá prejudicar em nada a cidade. A água, por exemplo, retornará ao rio com qualidade ainda maior que a de hoje." O engenheiro informa que serão tratados resíduos líquidos e que não sejam tóxicos.