23/09/2016

Correio do Povo

Economia | Pág. 6

Balança

Em agosto, o RS exportou 1,749 bilhão de dólares, com crescimento de 153,6 milhões de dólares em relação ao mesmo período de 2015 (9,6%). Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) e evidenciam que a venda externa aumentou 10,5% e os preços médios dos produtos exportados apresentaram leve recuo de 0,8% em relação ao ano passado. O resultado mantém o RS como terceiro maior estado exportador em agosto, com 10,3% do embarque brasileiro. O desempenho gaúcho foi similar ao nacional, cujas exportações evidenciam alta de 9,7% em valor, alta de 11,1% em volume e baixa de 1,2% em preços.

Segundo Tomás Torezani, pesquisador em Economia do Núcleo de Dados e Estudos Conjunturais da FEE, em agosto as exportações gaúchas voltaram a crescer em valor e em volume, assim como ocorreu nos meses de maio e junho, diferentemente dos registros negativos em julho. “A desaceleração da redução dos preços dos produtos exportados resultante da ainda incipiente recuperação dos preços de commodities e os maiores volumes embarcados explicam a elevação das receitas”. O crescimento de 153,6 milhões de dólares das receitas foi puxado principalmente pelo aumento das divisas com as exportações de produtos básicos, (156,9 milhões, alta de 17,7%), que atingiram em agosto 59,6% de participação na pauta exportadora gaúcha.

Os principais crescimentos das exportações vieram da soja em grão (mais 83 milhões de dólares), do fumo em folha (mais 65 milhões) e do farelo de soja (mais 39,2 milhões). “Os preços dos produtos básicos cresceram pelo terceiro mês consecutivo, sendo o único grupo de produtos a exibir resultado positivo nesse período. Isso indica que as maiores receitas do Estado vieram na esteira da recuperação dos preços dos produtos básicos aliadas ao contínuo incremento dos volumes embarcados”, explicou Torezani. No acumulado de janeiro a agosto, as exportações gaúchas somam 11,2 bilhões de dólares, um recuo de 288,4 milhões de dólares em valor (-2,5%), resultante da retração de 8,7% em preços, na medida em que o volume embarcado para o exterior cresceu 6,8%.