16/10/2012

Diário de Canoas

Contracapa | Pág. 20

Sapucaia do Sul - O Centro de Triagens (Cetas) que funciona nas dependências do Parque Zoológico está superlotado. O espaço, que recebe animais silvestres encaminhados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Brigada Ambiental, por apreensão ou situação de risco, deveria abrigá-los, no período máximo de 15 dias após tratamento. Porém não é o que ocorre. Trinta papagaios da espécie verdadeiros, por exemplo, vão completar um ano em um viveiro de passagem impróprio para moradia.

Na mesma situação, outras espécies de pássaros se encontram, assim como mamíferos e répteis. O Cetas é mantido pelo Estado e coordenado pelo [barra. Segundo o chefe do Núcleo de Fauna do [barra, Paulo Wagner, em março, foi proposto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Seroa) inserir esses animais em um projeto do lhama para devolvê-los à natureza, mas o pedido não foi aceito. "Na mesma época, determinamos que o Cetas não deve mais funcionar no zoo."

MAIORIA DE AVES

Também no Cetas Sapucaia se encontra um bugio fêmea. Conforme a veterinária Maria do Carmo Both, Nica, como é carinhosamente chamada, veio de Estância Velha com poucos dias de vida porque sua mãe havia sido atropelada e está há quatro meses em uma gaio-á com menos de um metro quadrado de área. "Atendemos aves. mamíferos e répteis, mas são os passeriformes que chegam em maior quantidade", afirma a veterinária Raquel Von Hohendorff.