14/06/2017

Folha de Caxias

Economia | Pág. 5

No primeiro trimestre de 2017, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul foi nula em comparação como mesmo período de 2016 e o Valor Adicionado Bruto variou positivamente em 0,2%. O resultado interrompe uma série de 11 trimestres consecutivos de queda e foi melhor que o obtido no país. que apresentou variação negativa de 0,4%, completando 12 trimestres de quedas consecutivas.

Quando comparada com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento da economia gaúcha nos primeiros três meses de 2017 foi de 0,6%, e o do Brasil, 1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).

Os destaques do trimestre foram o crescimento da agropecuária (3.5%). da indústria de transformação (0.7%) e dos transportes (3,4%). As atividades que mais contribuíram com o crescimento foram a lavoura de arroz, pela recuperação de perdas decorrentes de problemas climáticos em 2016, e a fabricação de veículos, direcionada para a exportação. Os impostos sobre produtos diminuíram 1,7%, influenciados pela queda do refino de petróleo, distribuição de energia e serviços de informação.

Segundo Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais, o resultado mais significativo é o desempenho da indústria de transformação gaúcha, pois é o segundo trimestre que cresce sobre o mesmo período do ano anterior e também sobre o imediatamente anterior.

Com relação ao trimestre imediatamente anterior, as grandes três atividades apresentaram taxas positivas: agropecuária, 4,7%; indústria, 1%, e serviços 0,7%.

O diretor técnico da FEE, Martinho Lazzari. destaca que, com o peso maior da agropecuária no segundo trimestre, a questão é ver se a indústria de transformação continuará sua recuperação. "A safra da soja certamente dará um forte impulso para o crescimento da economia no segundo trimestre, mas para a indústria de transformação é necessário ver se confirmará o incremento das exportações", analisa.

Observando a evolução da economia desde o início da crise, o nível médio em quatro trimestres do produto da economia gaúcha retomou a um patamar próximo ao do segundo trimestre de 2013. Enquanto o nível do produto da agropecuária não indica ter sido prejudicado significativamente pela crise, o da indústria recrudesceu ao que era no terceiro trimestre de 2006.