10/03/2018
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Geral
Clipado em 10/03/2018 10:25:31
Tecnologia, logística e turismo são apostas do sul do Estado para o futuro pós-polo naval

Centro histórico de Rio Grande pode ajudar a desenvolver potencialidades turísticas da região
Carlos Macedo / Agencia RBS
O debate sobre o futuro do polo naval desperta diferentes avaliações. Ao defenderem a manutenção das operações em Rio Grande e São José do Norte, lideranças sindicais criticam a atuação do governo gaúcho.
- O Estado está desmobilizado em relação ao polo naval. Há total omissão do governo - ataca o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado.
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O Palácio Piratini declara que tem atuado para garantir a continuidade das operações. Em nota, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia afirma que houve reuniões com a Petrobras sobre o assunto. E acrescenta que está trabalhando para a instalação de novos negócios na região. "O setor naval é tema prioritário na política de atração de investimentos do Estado, que tem buscado alternativas para auxiliar no desenvolvimento de Rio Grande, tendo em vista que houve mudanças significativas no cenário projetado há alguns anos para a área", comenta a pasta.
O economista Bruno Breyer Caldas, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), avalia que a região apresenta opções para engatar retomada. Mas a reação, sublinha, não deve ser alavancada pela indústria naval. Para Caldas, a possibilidade de projetos como o da usina termelétrica em Rio Grande é uma das saídas para espantar, em parte, a agonia na região.
- Se o polo conseguir se restabelecer, ficará com tamanho menor, e não com mais de 20 mil empregados. Rio Grande tem um distrito industrial extremamente dinâmico e o quarto porto mais movimentado do Brasil. É um centro econômico - observa.
Encerramento de atividades nos estaleiros fez orçamento de Rio Grande registrar queda de R$ 60 milhões em 2017
Carlos Macedo / Agencia RBS
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), frisa que o baixo nível de operações no polo respingou nas receitas municipais. Em 2017, o orçamento teve queda de cerca de R$ 60 milhões. Apesar da situação, Lindenmeyer afirma que a cidade pode driblar as dificuldades:
- Somos um polo logístico por conta do porto. Além disso, Rio Grande é um centro na área de educação, com um parque tecnológico valorizado. Não temos alternativas. Temos realidades.
Em São José do Norte, a prefeita Fabiany Zogbi Roig (PSB) reconhece que neste momento há obstáculos que impedem a retomada do polo naval. Mas sublinha que o município pode avançar em diferentes áreas:
- Temos uma forte economia primária. Outra fonte de receita é a exploração do turismo. A gastronomia é rica, com opções de frutos do mar.