Influenciado pelos setores da indústria de transformação e agropecuária, o Rio Grande do Sul bateu recorde negativo na eliminação de empregos em abril de 2016, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem. No comparativo com o mesmo mês dos últimos 13 anos, o resultado atual, que mostra o saldo entre contratações e desligamentos formais realizados, é o pior já registrado, com eliminação de 7.383 postos de trabalho.
Somados, os setores da indústria de transformação e agropecuária correspondem a 70% da redução de empregos no período, com saldo negativo de 2.988 e 2.174, respectivamente.
– A perda na indústria da transformação, em termos de efeitos multiplicadores, é dramática. Somada à retração na agropecuária, isso mostra que a economia gaúcha deve continuar se defasando em relação ao restante dos Estados – afirma o economista professor da PUCRS Alfredo Meneghetti.
O saldo no Estado vai na contramão do registrado em nível nacional. O Brasil, apesar de também acumular resultado negativo em abril deste ano, apresentou pequena melhora em comparação ao mesmo mês de 2015. O resultado para o período em 2016 foi negativo em 62.844 postos, enquanto no ano anterior recuou 97.828.
Ontem, a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre revelou que a taxa de desocupação teve leve queda de 0,2 ponto percentual em abril ante março. Com o recuo, o índice ficou em 10,5% no mês passado.
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