14/06/2017
Jornal NH
Negócios | Pág. 13
Clipado em 14/06/2017 05:06:39
PIB do Estado tem crescimento nulo depois de onze trimestres

Uma taxa de crescimento nula, de 0,0%, mas a interrupção de quase três anos consecutivos de negativação. Saldo do Produto Interno Bruno (PIB) do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre deste ano que foi revelado ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), na capital. A variação minimamente positiva dos indicadores gaúchos, na comparação com o mesmo período de 2016, veio no Valor Adicionado Bruto, de 0,2%, que mesmo assim superou o PIB brasileiro no mesmo período analisado, de -0,4%, chegando a 12 trimestres no vermelho.

Já no comparativo com o trimestre anterior, o PIB gaúcho teve percentuais um pouco melhores, de 0,6%, enquanto o do Brasil ficou em 1,0%. "Agora, no mínimo, estamos conseguindo manter um volume de produção similar ao que nós tínhamos. E o primeiro passo que tem que dar para começar a crescer", exaltou o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, o economista Roberto Rocha.

OS DESTAQUES DESSE RESULTADO
A saída do pagamento de juros no cheque especial gaúcho, que em síntese é o que significa a interrupção da queda no PIB, teve escoro em três setores essenciais da nossa economia. Na agropecuária, o crescimento foi de 3,5%, muito por conta dos 14% de alta no arroz. Na indústria de transformação a variação foi de 0,7%. Puxado pelo aumento de 12,8% na venda de itens como veículos, carrocerias e reboques, em especial para a Argentina O setor coureiro-calçadista não caiu 2,3% na compação do primeiro trimestre deste ano com a do ano passado.

EXPECTATIVAS
Numa projeção para o segundo trimestre, Roberto Rocha antecipou que a expectativa é de manutenção de uma cami nhad a mais positiva. `Teremos o acresci-mo do soja e milho e isso dá impulso positivo na taxa. A área de serviços deve manter estabilidade, porque lá muito restrito pelo nível de ocupação e renda, mas o que vai impulsionar mais a taxa vai ser resultado da indústria de transformação", projetou.