13/12/2017
Metro
Brasil | Pág. 7
Clipado em 13/12/2017 04:12:07
PIB gaúcho tem ‘variação nula’
Crescimento zero. Economia do Rio Grande do Sul ficou estagnada no terceiro trimestre do ano na comparação ao mesmo período de 2016. Queda da agropecuária teve impacto

O PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul apresentou variação nula (0%) no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. O desempenho da economia gaúcha entre julho e setembro de 2017 foi resultado da combinação de crescimento nos serviços, com destaque para o comércio, mas queda na agropecuária e na indústria. Os dados foram divulgados ontem pela FEE (Fundação de Economia e Estatística). No período, o chamado VAB (Valor Adicionado Bruto) oscilou negativamente 0,1% e os impostos líquidos variaram positivamente 0,3%.

Enquanto a soma das riquezas produzidas pela economia gaúcha teve variação nula, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, com aumento de 2,5% em impostos e 1,2% no VAB. O resultado do PIB do Estado do terceiro trimestre foi influenciado pelo crescimento de 1,6% nos serviços. O destaque positivo no setor foi o comércio, que cresceu 6,4% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. O economista Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, aponta que o comércio gaúcho teve um desempenho superior ao brasileiro nesse trimestre e essa taxa é a maior desde o primeiro trimestre de 2014 no Estado.

“O crescimento do comércio gaúcho reflete a melhoria na massa de rendimentos e na ocupação e maior acesso ao crédito”, explica. No Brasil, o resultado trimestral desses setores foi aumento de 9,1% na agropecuária, 0,4% na indústria e 1% nos serviços.

Queda da agropecuária
O desempenho do PIB também é decorrente da queda na agropecuária (-6,6%) e na indústria (-2,2%). A agropecuária gaúcha, que tem um peso reduzido no terceiro trimestre, caiu principalmente devido ao desempenho negativo da pecuária. O resultado na indústria gaúcha foi consequência da queda dos quatro segmentos. A baixa na indústria de transformação (-0,8%), que interrompeu três trimestres de crescimento, foi fortemente influenciada pelo desempenho negativo da atividade de celulose, papel e produtos de papel. No Brasil, a indústria de transformação cresceu 2,4% no trimestre.