Com prazo vencido desde 30 de julho, o processo de retirada dos navios paraguaios do Cais do Porto da capital deve se prolongar por mais algumas semanas. O obstáculo é a remoção dos resíduos de água e óleo que estão nas embarcações.
A Riosul Comércio de Aço e Metais, que venceu leilão realizado pelo governo do Estado em 30 de março com o valor de R$ 1 milhão, obteve autorização da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) para retirar os resíduos e encaminhar para tratamento.
Posteriormente, em julho, a empresa pediu revisão da autorização, alegando que parte dos resíduos é apenas água, não contaminada, e podia ser simplesmente despejada no Guaíba.
“Solicitamos novos laudos à empresa para atestar que não há resíduos contaminantes e ainda estamos aguardando. Se a empresa não quiser apresentar novos laudos, a opção é encaminhar os resíduos para tratamento”, informou o engenheiro químico André Milanez, técnico do Serviço de Emergência da Fepam.
O diretor administrativo da Riosul, Vinícius Krieck, explicou que metade da sucata dos navios Mariscal José Felix Estigarribia e General Bernardino Caballero já foi removida.
Segundo ele, o atraso na conclusão do serviço se deve a dificuldades no credenciamento da empresa responsável pelo tratamento dos resíduos. “É um processo delicado e estamos tomando todo o cuidado necessário”, disse.
A expectativa é concluir a remoção dos navios em até 20 dias. O material será revendido à Gerdau para reaproveitamento. A saída dos barcos é aguardada desde 1997, quando os navios foram retidos por problemas e acabaram abandonados na capital.
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