14/06/2017
Zero Hora
Editoriais | Pág. 22
Clipado em 14/06/2017 04:06:00
Fôlego na economia

A reativação da economia gaúcha deve ocorrer apenas no segundo trimestre, favorecida pela safra de soja, mas o fato de o Produto Interno Bruto (PIB) ter parado de cair entre janeiro e março, depois de quase três anos de retração, já significa um alento. Mais uma vez, como demonstram os dados recém divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), a reação veio de atividades tradicionais. Entre elas, estão a agropecuária e a indústria de transformação, impulsionada pelas exportações. Os resultados reafirmam que, sem prejuízo de novas vocações, o Estado deve apostar sempre nessas áreas, com políticas consistentes.

Os dados disponíveis até agora, comparando o primeiro trimestre com o imediatamente anterior, refletem os ganhos sobretudo das safras de arroz, de milho e de frutas. A produção de soja, recorde, deve favorecer especialmente os números do segundo trimestre, pelo fato de ser colhida depois de outras regiões do Brasil. Em consequência, tende a impulsionar mais ainda a indústria de transformação, particularmente o segmento metalmecânico, que é um dos motores da economia gaúcha.

Assim como ocorre no país, ainda é cedo para concluir se a retomada da produção terá continuidade. O simples fato de ter reagido depois de 11 trimestres consecutivos de queda, porém, faz com que esse seja um momento especial para o Estado. Os gaúchos precisam unir esforços para garantir que signifique ganhos para todos.