12/04/2017
Zero Hora
Gisele Loeblein | Pág. 16
Clipado em 12/04/2017 04:04:40
Postos criados

O agronegócio gaúcho foi o que mais criou vagas de empregos nos primeiros dois meses do ano em todo o país. Foram 12.551 postos de trabalho no bimestre (veja quadro), segundo levantamento da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Apesar da liderança, o saldo ainda é inferior ao do mesmo período de 2016. É o reflexo de alguns setores, com desempenho menos favorável em 2017.

– As lavouras permanentes e a fabricação de produtos de fumo tiveram saldo positivo, mas menor do que no ano passado. Os que mais impactaram negativamente foram os segmentos de conservas e de produção de sementes e mudas – explica Rodrigo Feix, coordenador do núcleo de estudos do agronegócio da FEE.

Acompanhando a sazonalidade da produção de verão, fevereiro foi o segundo mês consecutivo de saldo positivo, com a criação de 6.547 empregos. A influência vem das vagas abertas para o trabalho na safra. É o caso dos trabalhadores contratados para a colheita da maçã, por exemplo – as lavouras permanentes tiveram saldo de 913 postos, as temporárias, de 657.

– Nos quatro primeiros meses do ano, há um componente sazonal dos ciclos das culturas de verão – confirma Feix.

Outro destaque positivo em fevereiro foi o setor de máquinas agrícolas, que já aparece entre os com maior criação de vagas (foram 365 empregos formais). Os números do mês também mostraram o impacto negativo, no setor de abates, do fechamento do frigorífico da Marfrig, em Alegrete.