02/07/2016
Zero Hora
Teu Emprego | Pág. 19
Clipado em 02/07/2016 06:07:19
Desemprego diminui pelo segundo mês consecutivo

Dados divulgados na semana mostram que maio fechou com pelo menos 3 mil desocupados a menos do que o mês anterior. Mas índice de 10,2% é muito alto se comparado aos 7,8% do mesmo período do ano passado. Pesquisa estadual que ocorre há 24 anos pode ter chegado ao fim por falta de verba.
A taxa de desemprego caiu na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em termos percentuais, é quase um empate técnico: passou de 10,5% em abril para 10,2% em maio.

Mas, em números absolutos, significam cerca de 3
mil desocupados a menos - de 198 mil para 195 mil. Indústria, setor de serviços, construção e comércio criaram empregos.

É o segundo mês consecutivo de queda no índice de desemprego. Mas a Fundação de Economia e Estatística (FEE), que organiza o estudo, alerta que ainda é cedo para afirmar que o pior já passou. Segundo a entidade, o resultado mais positivo não altera o cenário de deterioração do mercado de trabalho. Em maio do ano passado, a taxa de desemprego estava em 7,8%.

A redução do desemprego ocorreu como resultado da abertura de vagas, principalmente na indústria de transformação, onde foram criados 12 mil postos de trabalho no mês. O setor é um dos mais atingidos pela crise e um dos que mais havia demitido desde o inicio da recessão.

A ampliação do número de assalariados ocorreu em maior parte do mercado formal. Dos 29 mil postos criados no setor privado, a estimativa é que 23 mil sejam de carteira assinada e 6 mil sem carteira.

Ainda de acordo com o estudo, entre março e abril de 2016, o rendimento médio real apresentou redução para o total de ocupados (-1,2%) e trabalhadores autônomos (-2,7%) e passou para R$ 1.932.

PESQUISA AINDA EM RISCO
Pode ter sido a última pesquisa feita pela FEE, em parceria com Divise, FGTAS e entidades privadas e custeada pelo Ministério do Trabalho. Até agora, o ministério não liberou as verbas para a FGTAS, que recebe o dinheiro e repassa à FEE - por sua vez, o órgão faz o pagamento a uma empresa privada que auxilia na apuração dos números.

A FGTAS, por meio de assessoria, divulgou apenas que as tratativas estão em andamento, mas não assegura a renovação de contrato. Os números do estudo servem, entre outras coisas, para o governo definir os gastos com políticas sociais.