17/11/2017
Correio do Povo
Economia | Pág. 7
Clipado em 17/11/2017 03:11:43
PIB teve queda de 3,5% no país
No Rio Grande do Sul,avariação negativa é pior e chega a 4,6%. Números apurados são de 2015

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Todos os estados brasileiros registraram queda em 2015 no Produto Interno Bruto (PIB), apurou o documento Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. A baixa ocorre pela primeira vez em todas as unidades da federação ao longo da série iniciada em 2002.

O PIB nacional caiu 3,5%. Os dados ainda indicam que apenas cinco estados responderam por 64,7% do PIB do país: São Paulo com 32,4%, Rio de Janeiro com 11%, Minas Gerais com 8,7%, Rio Grande do Sul com 6,4% e Paraná com 6,3%. Juntos, no entanto, tiveram menor participação na economia brasileira em 0,2 ponto percentual frente a 2014, quando o resultado era de 6,2%. Especificamente no RS o PIB apresentou uma variação negativa de 4,6% em 2015, após ter diminuído 0,3% em 2014.

Em termos nominais o PIB gaúcho atingiu R$ 381,99 bilhões, o que levou a sua participação no PIB nacional aos 6,4% divulgados pelo IBGE. Os números do Rio Grande do Sul foram analisados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O desempenho do PIB em volume foi determinado pela queda da indústria e dos serviços, com recuos respectivos de 10,8% e de 3,7%. A agropecuária teve avanço de 9,5%, e dentro do setor a agricultura apresentou desempenho positivo de 13,9%.

Segundo Roberto Pereira Rocha, Coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, “isso ocorre pela excelência da safra da soja, beneficiada pela desvalorização do real e pelas exportações, as quais amenizaram uma queda ainda maior da economia do Estado”. Sobre os resultados no país, o IBGE ressaltou o fato de que a Região Sudeste, mesmo respondendo por parcela significativa do PIB, 54%, manteve a tendência dos últimos anos de retração no total da economia, tendo perdido em 2015 0,9% de participação. A queda desde 2002 pela região chega a 3,4 pontos percentuais. Neste mesmo período o Norte teve a sua participação na economia aumentada em 0,7%.