09/10/2013
Zero Hora
MIH (Inativo) | Pág. 24
Clipado em 09/10/2013 03:10:18
Apple chega ao Estado

Com 118 operações e 6 mil profissionais, o Tecnopuc, da Capital, ganha mais um reforço de peso hoje quando será anunciada a chegada da Apple. A PUCRS e o Instituto Eldorado, em parceria com a gigante norte-americana, vão criar, no Tecnopuc, o Centro de Capacitação em Tecnologias Apple. A entidade vai oferecer aos universitários de qualquer instituição de ensino o Programa Brazil Education for iOS Development, curso de capacitação na plataforma iOS. A primeira turma será formada por cem alunos de graduação da área de tecnologia da informação.

Fonte do mercado explicou que o objetivo é formar e qualificar profissionais nas plataformas da Apple, que trabalham com tecnologias exclusivas para seus produtos. Ou seja, o propósito é trazer formação institucional e oficial da empresa para profissionais do mercado criarem produtos e aplicativos de software que rodem nos equipamentos Apple, cada vez mais utilizados no Brasil.

Mas não só isso. É também uma boa oportunidade de incentivar a criação de novos negócios. Com os aplicativos vendidos na App Store, em média 30% da renda fica com a gigante dos EUA e 70% com o criador do serviço, o que, na visão do especialista de mercado, “facilitou muito a vida de startups”. Então, mais do que ensinar tecnologia, se criam pequenos negócios nesse “ecossistema digital”, podendo, assim, significar opções de carreira ou de negócios, como o Instagram e o Waze, por exemplo, aplicativos que nasceram pequenos e foram vendidos depois por cifras altíssimas.

– O importante neste anúncio agora é que se trata de uma ação oficial da Apple, não mais algo de forma autodidata – argumenta a fonte.

Paixão pelo crescimento

O tema é mais do que atual. Ainda por cima agora, quando todos fazem o possível para elevar um pouco a velocidade de retomada do crescimento da economia do país.

No seu 22º Congresso de Marketing, em novembro, na Capital, a ADVB do Estado vai debater a Paixão pelo Crescimento a partir de análises sobre a gestão do conhecimento e da inovação, com palestra do professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral Rivadávia Drummond e apresentação do case da Embraer pelo vice-presidente da organização, Jackson Schneider. E, para prevenir desvios de rota, discussão sobre as melhores práticas de comunicação corporativa, com ênfase em gestão de crises e relações governamentais.

Alfredo Tellechea (foto), conselheiro da Braskem, foi escolhido como patrono do evento. E a ideia do executivo é levar uma mensagem clara e direta a todos os participantes, que possa ser aproveitada no dia a dia do negócio das empresas. Ou seja, da teoria bem à prática mesmo.

Um longo hiato nas conversas

Depois de cinco anos sem encontros com o governo federal, o setor vitivinícola gaúcho (uva, vinho e espumantes) terá hoje reunião com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para discutir como elevar a participação do produto no mercado nacional.

Claro que na pauta do encontro também vão estar a tributação, o alto nível de estoques e a concorrência crescente com os importados via alíquotas favoráveis para importação, conta o deputado Paulo Ferreira (PT), responsável por negociar a audiência.

Hoje, o segmento participa com somente 20% do crescente mercado nacional, mas a estratégia é alcançar 35%.

A voracidade tributária também tira o sono da Associação Gaúcha de Vinicultores. Rogério Beltrame, presidente do conselho deliberativo da entidade com sede em Flores da Cunha, diz que um dos problemas mais graves atinge as pequenas e médias vinícolas brasileiras, pois estão enquadradas como “indústrias de bebidas”, classificação que as coloca fora do Simples Nacional:

– A legislação tributária é muito complexa, principalmente a substituição tributária, onde cada Estado tem uma lei com índices diferentes de ICMS e também por que muitos outros cobram uma taxa de “fundo de pobreza”, recolhida pelas vinícolas.

Outra reivindicação se refere à maior promoção e divulgação dos vinhos de mesa – hoje, o foco é vinhos finos e espumantes. Os números mostram, acentua Beltrame, que o grande consumo de vinho é o de mesa, principalmente o tinto suave, 86% do engarrafado hoje no país.

O setor vitivinícola gera renda a mais de 20 mil famílias no Estado. São mais de 800 cantinas transformando uvas em vinho.
Amadureceu, mas vem mais por aí

Entusiasmado com a liderança nacional do Estado na produção industrial – alta de 6% nos primeiros oito meses do ano –, o secretário de Desenvolvimento, Mauro Knijnik (foto), antecipa que até o final do ano o Estado assistirá a uma série de eventos que consolidarão a retomada da atividade industrial. Mas com viés inovador. E ele cita três exemplos da modernização: o polo naval, que terá o segundo braço, no Jacuí, marcado pela inauguração da Iesa, em fins de novembro, o cluster eólico, com lançamento na mesma época, e a expansão da SAP, que colocará o Estado em novo patamar tecnológico e trará a São Leopoldo a alta direção da multinacional, no início de dezembro.

Recuperação à vista

Se depender do consumo de aço, bom indicador da velocidade da economia, o mundo andará em novo ritmo a partir de agora. Perspectivas melhores aqui e em outros países é o que mostra a 47ª Conferência da World Steel Association, em andamento até hoje em São Paulo. A perspectiva é de alta no mundo do consumo – de 3,1% neste ano e 3,3% em 2014 ante 2% no ano passado. No Brasil, os índices são um pouco mais favoráveis: 3,2% em 2013 e 3,8% no próximo ano.

Ontem, a Gerdau recebeu a Safety and Health Excellence Recognition 2013, que avalia programas implantados na área de saúde e segurança do trabalho. Na foto, André Gerdau (E) com Alexey Mordashov, presidente da World Steel Association.

Norton Luiz Lenhart, um dos fundadores do Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, recebeu ontem na Assembleia Legislativa a medalha de Mérito Farroupilha.
Na mesma prateleira

Duas companhias gaúchas se uniram para dar origem a uma empresa de porte de investimento no país. A Monte Bravo Investimentos e a Private Investments, ambas agentes da XP Investimentos, criaram a MB Private, que nasce com mais de R$ 100 milhões sob assessoria e ambiciona chegar a R$ 1 bilhão até 2018 e inaugurar sua primeira filial em São Paulo.

A nova companhia aposta, para avançar, em uma parcela de clientes insatisfeita com o atendimento realizado pelos bancos e pelo varejo, como explica Pier Mattei, sócio da MB Private.

Outra estratégia será intensificar a agenda de eventos educacionais onde atua: Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria, e reforçar o conceito de shopping center financeiro, com produtos de diferentes marcas em uma só prateleira.